3 passos (que nunca te contaram) para parar de sofrer com a TPM - Epopéia

Se você sofre com TPM, vou te contar quais são os 3 passos que venho aplicando com sucesso no consultório e ajudaram muitas mulheres a domar essa fera.

Só quem sofre com TPM (tensão pré-menstrual) sabe os danos que ela pode causar.  Ela é um fantasma que assombra a vida de milhares de mulheres ao redor do mundo, e se você nunca experenciou este fenômeno, deve se considerar uma pessoa extremamente privilegiada.  A lista de sintomas é imensa:  oscilações de humor, irritabilidade, inchaço, dores musculares, sono bagunçado, enxaqueca, compulsão por chocolate, choro fácil, acne, apatia, melancolia, socorro!

Na verdade, o DSM que é a manual dos transtornos mentais, tem um capítulo à parte para descrever os casos mais marcados de TPM, denominado “Transtorno Disfórico Menstrual”.  O nome assusta, parece complexo, e por isso abre espaço para muitas mulheres se esconderem atrás da TPM, a fim de se justificarem racionalmente suas crises emocionais.

 

Acontece que, ao longo dos anos acompanhando mulheres de várias idades, tive a oportunidade de conhecer de perto os impactos e danos que as crises de TPM podem causar na vida de uma pessoa, e o quanto ela se torna uma “muleta” para que essas mulheres não olhem para as questões que as incomodam, especialmente na esfera do sentir. Já escutei muitas falas do tipo: “são os hormônios”, “todo mês é assim”, “vai passar”, “sei que há um exagero, é normal”.

Enfim, observar isso de perto me fez formular uma estratégia, que na prática, superou todas as expectativas! Você também sofre com TPM? Então vem comigo que eu vou te contar tin tin por tin tin o que quero dizer.

 

A receita da TPM

“TPM.  Do que é feita? Onde habita? Do que se alimenta? Como se reproduz?”; parece até aquelas chamadas de animais raros dos programas de documentários, não é?

E se eu te dissesse que a TPM é um fenômeno BIO-PSICO-SOCIAL? Calma, não precisa pular a leitura porque o nome é esquisito, fique comigo até o final que tudo vai fazer sentido.

 

TPM é BIO

Vem de “biológico”, significa que sim, nós mulheres sofremos muito com as questões hormonais, com os impactos biológicos do ciclo menstrual. E não, eu não serei leviana a ponto de relativizar o aspecto fisiológico, que é tão importante para entendermos a totalidade de um sintoma. Mas confesso para você, leitora, que este aspecto é um pouco supervalorizado na minha opinião. Quando escuto falar “a culpa é dos hormônios” isso me remete a um tipo de “entidade” que parece que toma conta da pessoa e penso que as coisas não são bem assim. Concorda? Então, vamos caminhar mais um pouquinho mais….

Créditos: Freepik
TPM É SOCIAL

Sim, sim, sim; existe um estigma de que mulher irritada é sinônimo de “estar naqueles dias”. Particularmente acho engraçada esta expressão, ela me remete aos filmes de Harry Potter quando os personagens não podem citar o nome do “Voldemort”; preferem usar a expressão “aquele que não deve ser nomeado”. Bom, devaneios cinematográficos à parte, a sociedade de um modo geral, já aceitou a TPM.

Então, é como se neste período do mês existisse uma “permissão para explodir”. Eu já ouvi a trocadilhos com a sigla TPM, do tipo : “Tendência para Matar”.  É como se, exclusivamente neste período, fosse justificável ter crises de choro, explosões de raiva, comportamentos impulsivos, atitudes que não teríamos em tempos “normais”.  Perceba que há uma aceitação social do sintoma, como se houvesse uma justificativa por trás destes acontecimentos. É um fenômeno similar ao que acontece no carnaval, no qual são feitas várias concessões sociais para nudez explícita, comportamentos mais “soltinhos”, e há permissão para se fazer quase tudo… afinal, é carnaval! E o mesmo acontece na época da TPM. Tá fazendo sentido até aqui?

Créditos: @biaventura
TPM É PSICO

Bem, o termo é autoexplicativo, né? Vem das questões psicológicas, emocionais, sentimentais, toda aquela esfera difícil de lidar. Eu costumo dizer para as minhas pacientes, que as mulheres possuem um “cofrinho emocional”, e que, ao longo do mês; elas vão colocando moedinhas lá dentro de todas as questões que não querem lidar: a carência, a insegurança, o ciúme, a baixa autoestima, a dificuldade de dizer não… enfim, moedas não faltam!

E quando chega aquela época fatídica do mês…. bum!!! A pessoa explode o cofrinho, já que, a “culpa é da TPM”. Se identificou? Então calma, que não vou te deixar nesta angústia, sem revelar os 3 passos para você parar de sofrer com a TPM. Bora?

@muhammedsalah_

 

3 passos para parar de sofrer com a TPM

Agora, vou te explicar os 3 passos para você domar a TPM de uma vez por todas.

 

@muhammedsalah_
1)    Conte as suas moedinhas

Ao invés de encher seu cofrinho emocional com moedas de insatisfação, observe os seus sentimentos diariamente. Uma ótima ferramenta para isso é o “journaling”, o famoso diário. Não, isso não é coisa de adolescente, é uma ferramenta preciosa de autoconhecimento.

Significa você criar o hábito de, ao final do dia olhar para os acontecimentos e tomar consciência de como você percebeu cada um deles.

Então vai identificar o que te deixou feliz, e principalmente, o que NÃO te deixou feliz. Encare isso como um “extrato diário” da sua conta emocional, para entender se você está com crédito ou no vermelho. Dica adicional: identifique suas emoções através do emocionário.

 

 

@muhammedsalah_
2)    Avalie o câmbio do dia

Bem, agora que você sabe quantas moedas tem no seu cofrinho, e como elas foram parar lá, é chegada a hora de você observar o “câmbio do dia”.

Quer dizer que você vai observar quais comportamentos que você teve, que te levaram ao lugar insatisfação. De onde eles vieram? Qual era a minha intenção? Que necessidade eu estava tentando atender?

Depois disso, você vai analisar que escolhas ou atitudes diferentes você poderá adotar no futuro para não acumular lixo emocional. A dica aqui é não cair na tentação de ficar ruminando a culpa, e sim, focar em ações simples e factíveis que estejam no seu controle e que te aproxime do resultado que você gostaria de ter.

 

 

@muhammedsalah_
3) Diversifique os seus investimentos.

É chegada a hora de fazer “experimentos”. Ah como eu adoro os experimentos!  A beleza deles é o fato de não serem definitivos.  E mesmo que você não chegue no resultado almejado, basta abandonar o plano e simplesmente voltar ao estado inicial, ou seja, a pior coisa que pode acontecer é NADA.

Recomendo fortemente que você se permita fazer experiências, testar hipóteses, comportamentos, falas, atitudes, posturas, enfim… tudo aquilo que você acha que pode ajudar a minimizar o impacto da sobrecarga emocional na sua vida e aliviar o peso da sobrecarga.

Num primeiro momento, pode causar medo agir diferente e sair da zona de conforto, mas posso te dizer uma coisa? Na prática, o medo é bem maior na sua cabeça do que aquilo que acontece na realidade. Acredite!

 

 

Enfim, quando você coloca estes três passos em prática… voilá, a magia acontece.  A TPM deixa de ser a protagonista do seu ciclo e da sua vida.  É como se ela fosse devolvida o lugar em que ela deveria estar desde o início.  Significa, que você não vai deixar combustível para explosões naquela época do mês e quando os hormônios se exaltarem, você vai estar mil vezes mais preparada e de uma certa forma blindada, para lidar com eles.

Agora, se estiver difícil de fazer a TPM deixar de ser uma catástrofe na sua vida, e passar a ser apenas um inconveniente passageiro; não tenha receio de procurar ajuda. Às vezes, poucas horas de terapia, podem poupar você anos de sofrimento desnecessário. Fica a dica!

Créditos: @muhammedsalah_
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